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Live & Love - Restart

Sou doente renal... mas não me sinto nada assim!!! Este é o espelho da minha vida e da minha alma... Desistir, NUNCA!!!

Live & Love - Restart

19
Nov17

Um pouco de MIM - Como tudo começou...

Live and Love

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Tenho 40 anos e Insuficiência Renal Crónica. A minha doença foi detetada no ano 2000, após umas análises de rotina, por já sofrer de anemia. Comecei a fazer medicação, análises e consultas frequentemente apenas para vigiar e ir ajustando as doses. Durante esse período de tempo levei uma vida perfeitamente normal e sem excessos, controlando sempre a alimentação e fazendo muito exercício físico. Em 2001 iniciei a minha carreira como docente do 1.º ciclo, profissão esta que adoro, mas que ao longo destes anos tem sido cada vez mais desgastante. Engravidei, tive uma linda menina, hoje com 14 anos. Separei-me e voltei a juntar-me com uma pessoa que tem sido o meu grande apoio nesta "caminhada". Em 2014 o meu Nefrologista revelou-me que os níveis das análises cada vez mais estavam alterados e teria de iniciar diálise. O mundo caiu... Até agora foi a fase mais difícil de suportar, não porque teria de fazer diálise, mas porque nunca pensei que tivesse de iniciar tão cedo, com 36 anos. Fiquei muito confusa e a palavra "morte" começou a aparecer à minha frente. Mas não havia volta a dar... Arranjei força na minha filha e segui em frente... Desistir, nunca!!! Após consulta de esclarecimento optei por fazer Diálise Peritoneal, pois para a minha vida familiar e profissional era a que se adequava. A 16 de setembro de 2014 coloquei cateter e iniciei diálise em outubro. Fiz aprendizagem no HGO, com uma equipa espetacular e comecei em casa, durante 15 dias a diálise peritoneal manual. Após estes 15 dias iniciei diálise peritoneal automática, adaptando-me muito facilmente às minhas rotinas diárias. No verão de 2015 comecei a ter algumas infeções no orifício do cateter, infeções essas que nunca passaram com antibióticos, apesar de estar a ser muito bem acompanhada pela equipa da DP do HGO. Como não podia estar sempre a fazer antibióticos, e como a infeção não dava tréguas, em novembro de 2015 o meu médico da DP, Dr. T.C., sugeriu que retirássemos o cateter e colocássemos outro. E assim foi... a cirurgia foi a 29 de dezembro de 2015, com o Dr. C.L.. Após cirurgia, tive alta no dia 30 e a partir daí comecei a ter dores horríveis, que não acalmavam com ben-u-ron... Após 5 dias de dores fui mudar o penso à unidade de DP e verificou-se que continuava com a infeção e inclusivé tinha contraído uma bactéria hospitalar... Mais uma vez o mundo caiu... mas eu não desisti e a equipa da DP também não... Logo iniciei 2 antibióticos intravenosos e um em comprimido. Todos os dias, ou dia sim, dia não, tinha de ir ao hospital para, tanto o cirurgião como o médico da DP, controlarem a infeção da melhor forma e em conjunto ir "derrubando" este "bicho" enorme que se tinha apoderado do meu corpo... Após 3 semanas de tratamento, análises e acompanhamento a infeção estava controlada. Iniciei novamente a diálise, pois tinha parado para colocar o 2.º cateter, e a partir desse momento é que comecei a sentir-me bem melhor... foi nesse momento que percebi que realmente a diálise me fazia muita falta e que precisava dela todos os dias para o meu corpo estar estável. Após este episódio bastante desgastante física e emocionalmente tive de parar a minha vida profissional. Neste momento estou a trabalhar, faço yoga, ginásio e tenho uma vida familiar e socialmente ativa, dentro das minhas capacidades. Silvia

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