Transplantada em férias
Este foi o primeiro verão como transplantada. Apesar de ter mais liberdade e o espírito ser diferente, foram umas férias calmas e um pouco mais por casa. Isto porque o Tiago decidiu abrir uma mercearia/ cafetaria biológica aqui mesmo na rua, UniversoBio ( https://www.facebook.com/universobio2021/), em dezembro de 2021, e não tinhamos a certeza de como iriam ser as suas férias, dai não termos marcado nada de diferente.
A primeira semana de agosto fomos até Vila Real e passamos esses dias na casa de férias e de infância do meu pai numa aldeia próxima da cidade, embora a maioria dos dias andamos a passear e a conhecer aquela zona de Trás os Montes.
Como no verão passado fomos uns dias ao Gerês, fiquei fã do norte do nosso país e das praias fluviais, cascatas, aldeias, natureza. Temos tanta riqueza natural nestas zonas... Também já estava um pouco cansada de ser sempre o mesmo... praia, piscina.. praia, piscina... Algarve... Costa Vicentina... demasiada gente!!! Não quer dizer que não volte a passar férias nestes lugares, principalmente na Costa Vicentiva da qual sou fã, mas às vezes sabe bem mudar um pouco.
Trás os Montes pode ter tudo isso, embora de forma distinta, e uma riqueza de paisagens, sítios recônditos e muitos lugares para conhecer e experienciar, com menos confusão. Há que dizer que, cada vez mais, há mais gente com a mesma vontade que eu, de conhecer estes lugares mágicos, aventureiros e ao mesmo tempo relaxantes.
Fomos ao Pena Aventura Parque, Fisgas de Ermelo, Praia Fluvial de Olo, descemos o Rio Douro da Régua ao Pinhão, fizemos o comboio turístico do Tua, passadiços do Corgo e, ao mesmo tempo, aproveitamos para estar com a família que mora por aqui.
Praia Fluvial do Rio Olo
Pinhão
Cruzeiro no Rio Douro
Estação do Pinhão
Nas semanas seguintes estivemos por casa e aproveitamos também a nossa praia do Castelo, passeamos por Lisboa, fomos conhecer os passadiços da Mata dos Medos e descansamos. Apesar de não estar muito cansada, pois não tenho "em cima" um ano letivo inteiro, mas tenho a "ressaca" de um transplante.
Não me importo nada de estar em casa, pois é a melhor forma de descansar, havendo também muita atividade para se fazer aqui próximo e temos, o que é para mim, a melhor extensão de praias para aproveitar, seja verão ou inverno.
Como transplantada, sem dúvida que a melhor e maior diferença foi o facto de conseguir mergulhar, nadar, estar no rio ou piscina sem qualquer tipo de restrição, bem como a não preocupação da diálise. A Liberdade, para além da Saúde claro, é o melhor bem que temos e só damos valor quando não podemos usufruir dela.
O trabalho é já esta semana e estou preparada, pois este ano letivo, tudo será diferente e para melhor.
Grata à Vida e à Liberdade!
Silvia